Poema
A festa acabou.
Que o nosso dia a dia tenha mais humor.
Que os dias sombrios virem noites cálidas.
Eu quero que vocês sejam muito felizes.
Comida abusa.
A água que ingerimos vira mijo.
Tudo acaba.
A nossa Alice vira o pó:
A sopa vira barata.
A roupa cria rato.
O sapato fica velho.
A manga vira banana.
A morte vira geladeira.
O pão vira sapo.
O sapo vira barata.
A casa vira mosca.
O pé fica com chulé.
O artista que pinta esta aquarela desdenha de nós.
O Tempo ri das minhas desgraças.
O beijo velado está detrás da porta.
A tragédia de um sorriso.
De um amor.
De um querer viver.
O sol que raiou já está de rachar.
É a pedra.
É a corrente.
É a mente sapiente.
É o ocaso.
É o sapo com medo do gato.
É um sorriso que acabou por não encontrar a sua morada.
Onde mora a felicidade.
Os dias iguais.
O normal é a tristeza por quê hoje eu estou feliz.
Tenho que comer bagulho.
Ao invés de me casar com o rei.
Eu sei que sou feliz.
Tudo vai se esvair.
Como areia de uma ampulheta.
Como as ondas de um sufista.
Faz o ignorante virar sábio.
Que se faça o pau de arara, uma bela carruagem para Alice Gabriela.
Não importa onde ela está indo o que importa é onde Alice passa.
E que o caminho a fortaleceu.
Cito Nietzsche: O que não nos mata nos fortalece!
Eu vou alcançar as estrelas!
O mal não vale apena.
As agruras e tempestades é coisa do passado.
Vou trabalhar para conseguir o que eu quero.
Vou além.
Vou me esforçar.
E vou conseguir.
Alice Gabriela Figueredo Oliveira
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